2º Encontro - Debate: DOS SUICIDADOS – O VÍCIO DE HUMILHAR A IMORTALIDADE
From: 2019-02-27 To:2019-02-27
Thematic Line
Modern & Contemporary Philosophy
Research Group
Roots & Horizons
"Prosseguindo uma pesquisa coreográfica intimamente ligada à filosofia e à literatura, “Dos Suicidados – O Vício de Humilhar a Imortalidade” ancora-se, desta vez, no poeta modernista Raul Leal. Toma-se a sua estética do abjeto divinizado, em que a Queda já não o é, transfigurando-se em Vertigem, presente, sem primeiro passado, sem último futuro.
"Dos Suicidados -O Vicio de Humilhar a Imortalidade" conjugou eixos de pesquisa entre filosofia, ficção literária e composição coreográfica. O primeiro seguiu o Raul Leal de "Sodoma Divinizada", que contrapõe à Saudade a Vertigem e a Lúxuria: o "manifestar-se puro, berrante, bestial" como força motriz de redenção estética e vital. Surge em Raul Leal como divinização do vício (Lúxuria) orientado num convulsivo exuberante (Vertigem), manifestação «pura, evidente berrante, bestial», da «Carne-Espírito» que funde macho e fêmea num só. Em "Ultra Razão" bestial do "subtilmente espasmódico" que indefine, indetermina, ilimita as formas. O segundo seguiu Sade , Genet, Artaud, Crowley, que entroncam quase diretamente no universo de Lúxuria e Vício a que Raul Leal aspira com a sua «Lúxuria de Fera» (Mário Cesariny). Integram, a seu modo, a redenção que Leal preconiza. Genet de "Nossa Senhora das Flores" e "O Funâmbulo", o obscuro unido com o obsceno e o redimir a nova luz, um inflamar" transsexual dançado no jogo suicidário do arame para uma morte obcecada por vida. Em Artaud: "embarcamos no dia em que decidimos realmente acabar com a vida" e "Do homem nem a cabeça restaria; e mesmo assim teria que ser uma cabeça esburgada, maleável e orgânica". No terceiro integramos no processo criativo noções de acontecimento (Deleuze) e impossível (Derrida): um acontecimento impossível no instante.
FICHA ARTÍSTICA
Direção, Coreografia, Dramaturgia e Formação | Direction, Choreography, Dramaturgy and Training Hugo Calhim Cristovão & Joana von Mayer Trindade
Interpretação | Performers Francisco Pinho e André Araújo
Teoria e Filosofia | Theory and Philoshopy Ana Mira, Celeste Natário, Cláudia Galhós, Cláudia Marisa, Cristina Aguiar, Ezequiel Santos, Mariana Pinto dos Santos, Mário Correia, Sofia Vilar e Rui Lopo
Desenho de Luz e Acompanhamento Técnico | Light Design and Technical Support Cárin Geada
Figurinos | Costumes UN T
Desenho de Cenografia | Set Design Jérémy Pajeanc
Design | Design Eduardo Ferreira
Vídeo| Video Andrea Azevedo
Fotografia | Photography Susana Neves
Produção e Difusão | Production and Difusion Patrícia do Vale - Nuisis Zobop
Coprodução | Co-produced
Centro Cultural Vila Flor – Guimarães / Festival GUIdance 2019, Teatro Municipal do Porto / Festival DDD – Dias da Dança, Theatro Circo e Asta - Festival ContraDança
Parceiros | Partners
Instituto de Filosofia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, Instituto de Sociologia da Universidade do Porto, Instituto de Filosofia Luso-Brasileira
Residências | Residencies
Forum Dança, Materiais Diversos / 23 Milhas, Circolando, Centro de Criação de Candoso, Teatro Municipal do Porto, Companhia Instável, Espaço do Tempo
Projeto Financiado por | Project Financed by
República Portuguesa - Cultura | DGARTES - Direcção Geral das Artes
Research Group Raízes e Horizontes da Filosofia e da Cultura em Portugal
Instituto de Filosofia da Universidade do Porto - FIL/00502