Seminário de Estética na Idade Média

A beleza da metáfora e as metáforas da beleza em Boaventura de Bagnoregio

Doutor António Rocha Martins *

17 de maio 2016 | 14h00 às 17h00

Sala do Departamento de Filosofia (Torre B, Piso 1)

Sessão aberta

Resumo: O saber estético não é característica da Idade Média, mas há uma referência estética que é caracteristicamente medieval, tipificada na utilização do vocábulo translatio ou mesmo metaphora enquanto modalidade privilegiada de conhecimento no conhecimento do divino. São Boaventura, por muitos considerado “o mais medieval dos pensadores medievais”, é quem de modo mais imediato e complexivo introduz a questão da metáfora como instância de e da racionalidade, vivendo esta sempre suspensa, não da antropologia, mas da ontologia. A presente sessão percorre dois momentos: 1. conceito e modalidades da metáfora; e 2. nomes e os pronomes ‘metafóricos’ divinos. Pretende-se mostrar que a estética bonaventuriana é a forma intensamente preenchida do mundo na distensão temporal da experiência humana de Deus.

(*) António Rocha Martins, Doutor em Filosofia pela Universidade de Lisboa (2009), com a tese Analogia e Metáfora em S. Boaventura. Uma Poética do Pensamento. Investigador no Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa, bolseiro de Pós Doutoramento da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (2015). As suas áreas de investigação principais são as doutrinas estéticas em S. Boaventura e a Filosofia Ética e Política na Idade Média. 

Organização:
Medieval and Early Modern Philosophy Thematic Line
Research Group Reason, Politics and Society in Medieval and Early Modern Philosophy
Instituto de Filosofia da Universidade do Porto - FIL/00502
Financiamento: FCT