Francisco Bertelloni: Aristóteles en la teoría política medieval
From: 2012-01-30 To:2012-02-01
Thematic Line
Medieval & Early Modern Philosophy
Francisco Bertelloni
(Universidad de Buenos Aires)
Tres lecciones sobre
La recepción de Aristóteles en la teoría política de los siglos XIII y XIV:
el camino de la teoría política hacia la modernidad
FLUP, 30, 31 de Janeiro e 1 de Fevereiro de 2012
15h30-17h30
Sala do Departamento de Filosofia (Torre B, piso 1)
Programa e bibliografia.
Estudos do Autor
Programa:
1. El modelo aristotélico del nacimiento del orden político en la Política.
2. ¿Qué significa protomoderno?
3. Tomás de Aquino.
4. Juan de París.
5. Marsilio de Padua.
Comentários: Lição 1: Rafael Ramón Guerrero (Universidad Complutense de Madrid); Lição 2: Pedro Roche Arnas (Universidad de Alcalá de Henares); Lição 3: José Meirinhos (IF/UP).
No século XIII a universidade medieval, de formação recente, recebeu textos filosóficos até então desconhecidos. Para o desenvolvimento da filosofia prática foi importante a recepção dos libri morales de Aristóteles (Ética e Política). Desde então e a partir de Tomás de Aquino as ideias políticas comçaram a transformar-se em teorias políticas construídas sobre bases filosóficas. Na nova teoria política confluen três temas: (1) a teleologia dos atos humanos e do último fim do homem (Eth. Nic., I,1 e X, ix); (2) a existência de duas potestates, a espiritual e a temporal, cada uma das quais deve cumprir a função de conduzir o homem a un fim de natureza análoga à natureza de cada potestas; (3) a fundamentação teórica do surgimiento da ordem política. As três lições concentrar-se-ão no terceiro tema, i. e. o surgimento da ordem política - que hoje, anacronicamente, poderíamos chamar Estado-. Nelas serão examinadas as teorias políticas de Tomás de Aquino, João de Paris e Marsílio de Pádua nos quais será aindagada a presença simultânea de dois modelos diferentes relativos al aparecimento do Estado:
1) um modelo clássico aristotélico segundo o qual a pólis garante a realização plena de uma perfeição natural e do último fim do homem. Deste modelo surge uma teoria política baseada no paradigma ético-racional para o qual a polis: (a) é maiss que social; (b) satisfaz mas que as simples necessidades da vida; (c) é um âmbito no qual têm lugar vínculos de domínio que não se apoiam na força, mas sim na razão.
2) um modelo protomoderno que caracteriza o aparecimento da ordem política como: (a) resultado das necessidades da vida e da conservação do indivíduo (conservatio sui), (b) predomínio do privado sobre o público, e (c) trânsito de um estádio de conflitos interindividuais para um estádio de neutralização desses conflitos mediante o exercício de vínculos de domínio. Este segundo modelo distancia-se do modelo ético-político de Aristóteles, rompe com o predomínio do público própio do ideal político clássico anunciado pela Republica de Platão e canonizado teoricamente por Aristóteles na Política e anuncia a irrupção na teoría política do ámbito do privado, própio de la teoría política moderna.
(da introdução ao programa das lições)
Documentação: os textos relevantes para leitura e comentário serão distribuídos aos participantes. Ver também os estudos disponibilizados a seguir.
Francisco Bertelloni é Professor catedrático de Filosofia Medieval na Facultad de Filosofía y Letras da Universidad de Buenos Aires. É um dos mais reputados especialistas mundiais no estudo do pensamento político medieval, sendo autor de importantes estudos sobre filosofia política publicados em diversas línguas e países. Publicou também traduções de textos e estudos para castelhano.
Alguns estudos do autor sobre os temas das lições:
- El tránsito de la sociabilidad a la politicidad (dominium) en la Summa Theologiae y el De regno de Tomás de Aquino
- 2004: Filosofía y teoría política en la edad media (Modelos causales en las teorías políticas de Tomás de Aquino y Egidio Romano)
- 2005: Algunas reinterpretaciones de la causalidad final aristotélica en la teoría política medieval
- 2005: Filosofía y teoría política: modelos causales en las teorías políticas de Tomás de Aquino, Egidio Romano y Juan Quidort
- 2009: ¿Qué significa «politica» en STh. I, q. 96, a. 4? Sobre la génesis de la semántica de un vocablo
- 2009: Una resignificación protomoderna del Estado (= regnum) en el tratado De potestate regia et papali de Juan Quidort de París : http://bdigital.uncu.edu.ar/3792
- 2010: La teoría política medieval entre la tradición clásica y la modernidad
Este seminário integra-se num projeto de colaboração entre a Universidade do Porto e a Universidad de Buenos Aires na área da Filosofia Política, com incidência na Filosofia Política Medieval.
Organização do RG Aristotelica Portugalensia, com o projeto Iberian Scholastic Philosophy at the Crossroads of Western Reason: The Reception of Aristotle and the Transition to Modernity (ISPCWR) e com o Mestrado de Filosofia da FLUP.
Colaboração do projeto "La legitimación del poder político en el pensamiento medieval" (Referencia: FFI2010-15582, subprograma FISO), da Universidad Complutense de Madrid / Ministerio de Educación de España. Investigador principal: Prof. Dr. Josep Puig Montada.
Financiamento: FCT | IF