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Maria Simone Marinho Nogueira: Nicolau de Cusa e as metáforas do amor

From: 2009-03-11 To:2009-03-11

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    Medieval & Early Modern Philosophy
  • Conferência

    Maria Simone Marinho Nogueira
    ( Universidade Estadual da Paraíba, Brasil - UEPB )
    Nicolau de Cusa e as metáforas do amor

    FLUP, 11 de Março, às 17h30 - Sala 301

     

     


    «(...) a interpretação cusana do amor não deve ser vista somente como uma teoria, pois nos reconduz a uma praxis amoris em que o conceito de coincidentia oppositorum se torna visível na harmonia gerada por uma convivência pacífica entre os homens fazendo da paz e da concórdia o resultado natural daqueles que adoptam a lei do amor. (...) A interpretação cusana do amor coloca-nos no caminho da concórdia, equilíbrio de pensamentos e dos afectos, harmonia, também, das diferenças, posto que são elas que compõem a beleza do universo.»

    Maria Simone Marinho Nogueira, Amor, caritas, dilectio - Elementos para uma hermenêutica do Amor no pensamento de Nicolau de Cusa, Coimbra 2009, pp. 379-380.


     

    Nicolau de Cusa (1401-1464)

    Filósofo, teólogo, cientista, diplomata, cardeal, nascido em Cusa/Krebs, junto ao rio Moselle na actual Alemanha. É por por muitos considerado o último grande pensador medieval e o primeiro moderno, conciliando na sua vasta obra os contributos das ciências, da filosofia, da mística, num pensamento original que em filosofia está marcado pela ideia da douta ignorância, consciência da finitude humana e do quanto todo o conhecimento humano é ultrapassado pela inapreensibilidade absoluta de qualquer um dos seus objectos. A sua proposta de um cosmo infinito cujo centro está em toda a parte e a circunferência em lugar algum, assinala também uma reconsideração das relações entre finito e infinito, entre criador/Deus (que é a "complicação" do Mundo) e criatura/Mundo (que é a explicação de Deus). É assim que o conceito de "coincidência dos opostos" está no centro da sua reflexão sobre a das relações entre o uno e o múltiplo.
    Autor de uma obra extensa e diversificada onde sobressaem A visão de Deus e A douta ignorância, ambas publicadas em tradução de João Maria André pela Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa 1988 e 2003, respectivamente. Também A paz da fé está publicada pelo memo tradutor e estudioso, MinervaCoimbra 2002.


     

    Maria Simone Marinho Nogueira

    Maria Simone Marinho Nogueira nasceu em Carnaúbais/Rio Grande do Norte (Brasil). Concluiu em 1991 a Licenciatura em Letras na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e quatro anos mais tarde (1995) finalizou a Licenciatura em Filosofia nessa mesma Universidade. Foi bolseira da CAPES durante a Pós-graduação em Filosofia na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), tendo em 1999 apresentado a dissertação de Mestrado «A união mística em Plotino: o retorno ao Uno», aprovada com distinção. Conclui em 2009 o doutoramento na Universidade de Coimbra, com uma tese intitulada «Amor, caritas, dilectio - Elementos para uma Hermenêutica do Amor no pensamento de Nicolau de Cusa», sob a orientação do Prof. Doutor João Maria André.
    Para além dos trabalhos de investigação é professora titular da UEPB, tendo já leccionado História da Filosofia Antiga, História da Filosofia Medieval, Introdução à Filosofia, Filosofia da Educação, Metodologia do estudo dos textos filosóficos e alguns Seminários onde aborda temas como a Mística Medieval, o Neoplatonismo, a Filosofia Antiga e Medieval. Coordenou e participou na comissão organizadora da Semana de Filosofia da UFS (2000), II Simpósio de Estudos Clássicos da Paraíba (2001) e das Semanas Filosóficas da Faculdade Católica de Campina Grande (2002, 2003 e 2004). É, actualmente, coordenadora do GEFAM (Grupo de Estudos em Filosofia Antiga e Medieval) e do Projecto de Extensão A lanterna de Diógenes ? Ciclo permanente de debates sobre temas filosóficos. Tem orientado trabalhos de especialização e graduação em Filosofia em algumas Universidades da Paraíba.
    É membro da Sociedade Brasileira de Filosofia Medieval (SBFM) e da Société Internationale pour l'Étude de la Philosophie Médiévale (SIEPM).

     


    Organização do Gabiente de Filosofia Medieval

    Apoio da Fundação para a Ciência e a Tecnologia.

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