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Mediações 2021

From: 2021-01-01 To:2021-12-31

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    Medieval & Early Modern Philosophy
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    Aristotelica Portugalensia
    Reason, Politics & Society
  • Mediações
    Investigações em curso sobre Filosofia, Ciência, Sociedade e Literatura da Idade Média e do início da Idade Moderna na LT Medieval & Early Modern Philosophy do IF. Programa de 2021

    Os membros da linha temática “Medieval and Early Modern Philosophy” do Instituto de Filosofia e dos respetivos grupos de inestigação ("Aristotelica Portugalensia. The Reception of Aristotle in Portugal until the 18th Century" e "Reason, Politics and Society in Medieval and Early Modern Philosophy") apresentam as suas investigações em curso, abrindo-as à discussão interna.

    As sessões estão abertas à perticpação dos mbros da linh temática e a participantes convidados.

    Em cada sessão, um a dois investigadores apresentam trabalhos em curso, ideias de investigação, comunicações em preparação para congressos ou outros eventos, questões metodológicas, etc. Estes encontros visam sobretudo construir um espaço de debate, beneficiando da diversidade e das valências congregadas pela linha temática para consolidar investigações e construir novas perspetivas de trabalho, abrindo-as também ao diálogo com o pensamento contemporâneo e à inovação metodológica.

     

    Próximo seminário:

    A anunciar (regressamos em setembro).

     


    Seminários já realizados

     

    Seminário 6: 1 de julho de 2021

    16h00 – Abertura.
    16h05 – Maria Eduarda Machado, “O conhecimento divino do múltiplo na metafísica de Tomás de Aquino - artigos 3 e 4 da questão 2 da Quaestiones Disputatae De Veritate”

    Resumo: Segundo Tomás de Aquino, Deus é uno e simples e todas as distinções que se possam fazer acerca da sua natureza são meramente conceptuais, o que leva a reconsiderar o estatuto da multiplicidade, quer epistemológico, quer ontológico: de que forma Deus enquanto uno, simples, e conhecendo tudo por apenas um só ato de intelecção tem conhecimento próprio da multiplicidade; qual o propósito da criação da pluralidade, e como é que isto define a relação ontológica entre Deus e a criação. Para estudar a questão do conhecimento em Deus acerca do múltiplo é feita uma análise à exposição que Tomás de Aquino faz sobre o conhecimento que Deus tem das outras coisas nos artigos 3 e 4 da questão 2 da Quaestiones Disputatae De Veritate. Apurar-se-á o modo de conhecer divino, o objeto do conhecimento e avançar-se-ão algumas sugestões em forma de diálogo/comentário ao texto de Tomás de Aquino.

     

    Seminário 5: 27 de maio 2021

    16h00 – Abertura.
    16h05 – Manuel Francisco Ramos,  Epistola Encyclica ad Lusitanos em favor da beatificação de D. Afonso Henriques

    Resumo: Durante séculos, a beatificação do primeiro rei de Portugal foi um desígnio nacional, várias vezes tentado ao longo dos séculos XVI-XVIII, mas sem êxito.
    Em 1749 o Padre Jesuíta Manuel de Azevedo, secretário do Papa Bento XIV, valendo-se da sua posição privilegiada na Cúria Romana, endereçou às autoridades portuguesas uma epístola encíclica em latim a animá-los a reunirem documentação com vista à beatificação definitiva. Nela faz a revisão dos milagres, virtudes e culto de D. Afonso Henriques e mostra-lhes o melhor caminho de a beatificação ser alcançada: pela via do “casus exceptus” (caso excepcional) ou “beatificação equipolente”, baseada no culto antigo.
    Partindo desta epístola, abordaremos a figura de D. Afonso Henriques nos seus defeitos e virtudes, quer como estadista e homem de acção, quer como miraculado e taumaturgo.
    Numa altura em que em Guimarães se está a pensar retomar o processo de beatificação do nosso primeiro rei, mostraremos como tal intento não é hoje possível.

     


     

    Seminário 4: 29 de abril

    16h00 – Abertura.
    16h05 – Vera Rodrigues, Abelardo e os universais

    A posição de Abelardo na célebre “querela dos universais” – vocalista, nominalista, conceptualista, sermocinalista, não-realista ? – continua a ser objecto de controvérsia e debate entre os estudiosos, produzindo um número regular e assíduo de publicações. É de prever que a investigação se intensifique nos próximos anos, uma vez que se encontra ainda em curso a edição (ou reedição) de textos não apenas de Abelardo, como de muitos outros autores, muitos deles anónimos, contemporâneos, anteriores ou posteriores do mestre do Paleto, mas que, no seu conjunto, nos permitirão de reconstruir de maneira mais precisa a evolução doutrinal neste período – digamos, da emergência do vocalismo, com Roscelino e seus próximos, aos Nominales da segunda metade do séc. XII – e, nele, inscrever e melhor esclarecer algumas das mais densas páginas de Abelardo.

    Partindo de uma célebre citação de Prisciano por Abelardo num momento crucial da exposição da sua teoria sobre os universais genéricos e específicos nas “Glosas a Porfírio” da sua Logica ingredientibus, e em forma de work in progress, procurarei fazer aqui um balanço crítico das principais leituras da teoria dos universais de Abelardo, nomeadamente no que diz respeito a categorias historiográficas como as de “platonismo”, “realismo”, “nominalismo”.

    A edição, parcial, utilizada das “Glosas a Porfírio” da Logica ingredientibus de Abelardo é a de Claude Lafleur e Joanne Carrier, que se encontra em linha e pode ser consultada aqui: https://www.erudit.org/fr/revues/ltp/2012-v68-n1-ltp0139/1010218ar/

     

     

    Seminário 3: 24 de março

    16h00 – Abertura.
    16h05 – Celeste Pedro, The Game of Moral Precepts

    Abstract: In 1540, João de Barros published the Dialogo de preceitos moraes for the first time; it is a book on moral philosophy, but moreover, it is a true book-object, because it is meant to be transformed into a board game. The author intended to create a learning mechanism that would reflect Aristotle's Ethics, in content as well as in form. This book was part of a pedagogical editorial program in which a variety of diagrams were explicitly used to improve teaching and learning. 

    In this particular case, the author created a game using a diagram that not only lays out his theory but also allows us to experiment with it and memorise it. The game can be used to exercise acts of moral choice, creating habits and emotional base answers; by which one may be guided into making the right choices in life. 

    The design of the game is a diagrammatic transmutation from a Tree of Virtues to an astrolabical motion device. Although they are of completely different natures, they share a significant number of symbolic similarities. While playing, practical wisdom is tested at every motion of the pointer, pieces and boards, and thus the player’s theoretical knowledge is reinforced. 

    This presentation aims to systematize current research on the game’s playability and to question how well the game reflects João de Barros’ intents of reaching “knowledge through practice”.

    A modern prototype of the game will be shown to help attendees explore concepts that range from visual memory systems to early modern moral philosophy, probability and chance.


    18h00 – Final do encontro

     

    Seminário 2: 25 de fevereiro

    16h00 – Abertura.
    16h05 – João Rebalde, A ciência média em Pedro da Fonseca

    Resumo: O conceito de ciência média surgiu pela primeira vez na obra Concordia liberii arbitrii cum gratiae donis, divina praescientia, providentia, praedestinatione et reprobatione (Lisboa, 1588) do jesuíta Luis de Molina (1535-1600), para assegurar a presciência divina certa e verdadeira dos futuros contingentes e a sua compatibilidade com o livre arbítrio humano. Contudo, Pedro da Fonseca (1528-1599) utiliza o conceito no terceiro tomo dos Commentariorum in libros Metaphysicorum Aristotelis (escritos em 1596 e publicados em 1604) e declara ser o inventor da doutrina. Começa assim uma controvérsia que discute até hoje qual dos dois jesuítas descobriu primeiro o conceito. A maioria dos intervenientes considerou as doutrinas dos dois jesuítas idênticas e atribuiu a prioridade a Fonseca. Apesar disto a ciência média neste autor foi escassamente estudada e de um modo geral os estudos e debates contemporâneos sobre o conceito neste período incidem sobre a obra de Molina. O trabalho em preparação pretende contribuir para o estudo da ciência média em Pedro da Fonseca e discutir a invenção do conceito.

    17h05 – Mariana Leite, Bíblias medievais portuguesas no seu contexto peninsular: apontamentos sobre as traduções ibéricas da Historia Scholastica

    Resumo: Um pouco por toda a Europa, a Historia Scholastica de Pedro Comestor teve uma recepção extremamente ampla, circulando quer como fonte para estudos teológicos e historiográficos, sobretudo em meios universitários, quer como base para bíblias romanceadas, mais vocacionadas para o público laico. No caso ibérico em particular, a HS tem um impacto significativo na cultura em língua vulgar, já que foi traduzida ou serviu de base a obras nas principais línguas românicas ibéricas: Castelhano, Galego-Português, Aragonês. No caso destas duas línguas, a recepção faz-se do mesmo modo: através da transformação da HS em bíblias historiais/ romanceadas; no entanto, não é de decartar a relação das traduções com projetos mais latos - como, no caso do Castelhano, se verifica pela integração da HS no âmbito da produção de uma história universal. Nesta apresentação iremos refletir sobre as comparações que é possível estabelecer entre os três contextos.

    18h05 – Conclusão

     

    Seminário 1: 11 de fevereiro

    16h00 – Abertura.
    16h05 – Maria Luís Leite Pinho, Aproximações à memória de Deus: o caso de Maria Micaela de S. Bernardo (XVIII)

    Maria Micaela de S. Bernardo, religiosa setecentista do mosteiro de S. Dinis de Odivelas, deixara para a posteridade um manuscrito que assoma, na realidade, como um verdadeiro diário espiritual. A sua natureza a dois tempos epistolar e confessional permite a auscultação do processo místico da autora, no qual a memória ocupa predominante papel. 

    De facto, esta será agente no caminho para o Divino, implicando a recordação enquanto conhecimento do coração, e o Amor enquanto conhecimento de Deus. Através da sua memória, Maria Micaela construirá a narrativa que nos legara, mas, mais do que isso, ao extrapolá-la pelo amor místico, tornar-se-á possível o acesso à memória divina. É Deus quem, amiúde, lhe conta o que há de narrar, formulando-se uma memória que não se esgota no domínio do humano, mas que participa, na realidade, da divindade. 

    A investigação a decorrer almeja, justamente, observar os diversos ângulos referentes à memória patentes no texto de Maria Micaela de S. Bernardo, procurando averiguar o processo místico neles consubstanciado. 

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