O APELO DO SOMBRIO - O PARADOXO DAS EMOÇÕES NEGATIVAS NA MÚSICA SEGUNDO LEVINSON
From: 2018-03-05 To:2018-03-05
Thematic Line
Modern & Contemporary Philosophy
Research Group
Mind, Language & Action
SEMINÁRIOS MLAG
5º SEMINÁRIO
O apelo do sombrio – o paradoxo das emoções negativas na música segundo Levinson
Tiago Sousa (PhD Student - Universidade do Minho)
5 de março 2018 | 15h30 (segunda-feira)
Sala de Reuniões 2
Faculdade de Letras da Universidade do Porto
Entrada Livre
Resumo: Não raras vezes, peças musicais com um carácter marcadamente soturno e melancólico são capazes de surtir em nós uma intensa comoção, constituindo fonte de profundo deleite estético. Ora, este fascínio pela tonalidade sombria e pesarosa de certas obras parece conter algo de paradoxal, na medida em que normalmente pretendemos proteger a nossa realidade quotidiana de sentimentos com esse tipo de valência negativa. Fruímos na música o que evitamos na vida? Como se explica este facto? Por que razão nos atraí a taciturnidade da música? Aristóteles acreditava que mergulhar em experiências artísticas emocionalmente perturbadoras nos permite entrar num processo espiritualmente revigorante - a “catarse”. Jerrold Levinson expandiu esta noção aristotélica de catarse e enumera algumas recompensas emocionais e cognitivas que a vivência de emoções negativas através da música poderá trazer. Analisarei criticamente a teoria de Levinson e procurarei aprofundar a hipótese de que a identificação e autorreconhecimento de certas dimensões decisivas, mas intimamente resguardadas, da nossa condição desempenham um importante papel nesta dinâmica de apreciação.
Imagem: ‘And then she lay on a little green patch in the midst of the gloomy thick wood’, Illustration by Kay Nielsen in East of the sun and west of the moon (1914). Alexander Turnbull Library
Programa Seminários MLAG em História da Filosofia Contemporânea 2017/2018: https://ifilosofia.up.pt/activities/seminarios-mlag-em-historia-da-filosofia-contemporanea
Organização:
Research Group Mind Language and Action Group (MLAG)
Instituto de Filosofia da Universidade do Porto - FIL/00502
Financiamento: FCT