MLAG RESEARCH SEMINAR 2016-2017

RORTY NÃO ERA UM QUIETISTA WITTGENSTEINIANO

José Pedro Correia
(PhD Student - Universidade do Porto)
 

22 de novembro 2016 (terça-feira)

14h30 | Sala de Reuniões 2

Entrada livre

Resumo: No conjunto das várias interpretações das Investigações Filosóficas de Ludwig Wittgenstein, a de Richard Rorty é tipicamente agrupada com as quietistas, i.e. aquelas que vêem o livro como um apelo à restrição da filosofia a uma tarefa meramente terapêutica que não contribua com qualquer tipo de proposta positiva, limitando-se apenas a desfazer os nós do pensamento. Algumas passagens d'A Filosofia e o Espelho da Natureza e outras obras do mesmo período parecem, prima facie, suportar essa leitura. Eu argumento, no entanto, que no contexto mais alargado da posição de Rorty contra a filosofia sistemática e a favor de uma visão da filosofia como conversação, essas passagens podem ser vistas de uma outra forma que não faz de Rorty um puro quietista. O interesse de esclarecer esta distinção será defender a ideia de que é possível aderir a uma interpretação neopragamatista de Wittgenstein sem necessariamente rejeitar todas as aparentes propostas positivas das Investigações Filosóficas (relação significado-uso, jogos de linguagem, etc) como meramente instrumentais.

Imagem: Joan Miró, The Birth of the World (1925). Museum of Modern Art (MoMA), New York City, USA​

Programa MLAG Research Seminars: https://ifilosofia.up.pt/activities/mlag-research-seminar-2016-2017

Organização:
Research Group Mind Language and Action Group (MLAG)
MLAG Seminars 2016-2017 (Sofia Miguens, Luís Veríssimo, Brena Fernandez, Diana Couto)

Instituto de Filosofia da Universidade do Porto - FIL/00502
Financiamento: FCT