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Sessão aberta do Seminário de Filosofia I: Ética e Mundo Contemporâneo

From: 2020-03-03 To:2020-03-03

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    Medieval & Early Modern Philosophy
  • Sessões abertas do Seminário de Filosofia I: «Ética e Mundo Contemporâneo», coorganizadas pelo seminário de Mestrado em Ensino de Filosofia e pelo Projeto de Investigação From Data to Wisdom.

     

    10 de março 2020 (terça-feira) | 15h00 - 17h30
    Sala do Departamento de Filosofia (Torre B - Piso 1)

    A ecologia e a ética da responsabilidade de Hans Jonas  

    João Rebalde (IF-UP) 

    A obra Princípio de responsabilidade é uma resposta às consequências do desenvolvimento da ciência e da técnica modernas, expressas na radical mudança das condições que determinaram o ser humano ao longo da história, da sua relação com a natureza e consigo próprio. A humanidade tem agora o poder de manipular e destruir completamente a vida no planeta ou a sua própria essência. Como estas mudanças são inéditas e supõem uma rutura com as condições que serviram de base ao pensamento na história, é necessária uma nova abordagem no âmbito da ética que esteja à altura dos novos desafios. Esta ética, fundada ontologicamente, aplica-se no presente, mas orienta-se para o futuro. Trata-se de garantir que o ser humano use os poderosos recursos técnicos de que dispõe de tal forma que aja segundo um princípio que assegure a continuidade da vida humana no futuro. Esta ética da responsabilidade estende-se assim às questões da ecologia e da degradação do meio ambiente, num sentido não utópico, crítico e alternativo ao paradigma baconiano da exploração e domínio da natureza e às respostas de cariz materialista e positivista.

     


    3 de março 2020 (terça-feira) | 15h00 - 17h30 
    Sala do Departamento de Filosofia (Torre B - Piso 1)

    Há uma ética dos dados no mundo digital?
    Os Paradoxos da privacidade e a disponibilidade imaginaria nas redes sociais

    José Higuera (IF-UP)

    Pode passar dez dias sem um ecrã? A questão colocada pelo Jacques Brodeur revela a fraqueza de nossas comunidades digitais, pois não temos uma resposta certa para essa pergunta. Nem sequer estamos certos se poderíamos cumprir os dez dias. O New York Times já propôs aos seus jornalistas viver um mês sem ecrãs. As descrições da experiência são benéficas. Contudo, há um tipo de padecimento que é difícil de descrever, mas todos concordam: dependência. A questão a tratar é a de saber exatamente de que dependemos. Da nossa possibilidade de gerar dados nas redes sociais ou de nossa permanente projeção individual perante os 500 contatos do Facebook? Entre os dados gerados e a imagem sempre disponível de nós mesmos, desenvolve-se uma questão ultimíssima: é necessária uma ética digital? Uma «via dourada» -como disse Aristóteles - para compreender nossa disponibilidade ilimitada no mundo digital.

     


    Org. José Higuera, João Rebalde e Paula Oliveira e Silva

    Instituto de Filosofia da Universidade do Porto - FIL/00502
    Project From Data to Wisdom. Philosophizing Data Visualizations in the Middle Ages and Early Modernity (13th-17th Century) - FDTW (POCI-01-0145-FEDER-029717)

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