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Sessão 1 | Os debates sobre a contingência na história da filosofia

From: 2023-03-21 To:2023-03-21

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    Medieval & Early Modern Philosophy
  • Research Groups


    Aristotelica Portugalensia
    Reason, Politics & Society
  • 21 de março 2023 | 16h30 | Sala 104

    Faculdade de Letras da Universidade do Porto

     

    Seminário de investigação

    Os debates sobre a contingência na história da filosofia

     

     

    Sessão 1

    Livre arbítrio, omnisciência e fatalismo teológico 

     

    Fatalismo teológico: uma solução ockamista

    | Domingos Faria (Instituto de Filosofia da Universidade do Porto)

     

    Nesta comunicação pretendo examinar o argumento a favor do incompatibilismo entre presciência divina e livre-arbítrio humano. Para essa análise vou reconstruir esse argumento com base numa lógica temporal, tal como proposto por Arthur Prior (1962). Como crítica a esse argumento vou explorar uma solução inspirada no ockamismo e desenvolvida contemporaneamente por Alvin Plantinga (1986). Com essa solução, ao fazer-se a distinção entre factos duros e moles ("hard and soft facts"), consegue-se criticar o princípio sobre a necessidade do passado no qual o argumento incompatibilista se baseia. Além disso, pretendo defender que esta solução resiste a várias objeções.

     

    Fatalismo teológico: uma nova perspectiva e solução

    | Fabio Lampert (Universität Greifswald)

     

    Existem argumentos antigos que pretendem mostrar que a presciência divina é incompatível com o livre arbítrio. Nas últimas décadas, formulações interessantes e fortes de tais argumentos foram apresentadas por muitos filósofos. Acredito que o mais forte entre esses argumentos é também o mais simples, baseando-se essencialmente em um princípio de fechamento segundo o qual ninguém tem escolha sobre uma verdade que é acarretada por uma verdade sobre a qual ninguém tem escolha. Meu objetivo é motivar a rejeição desse princípio de fechamento. Argumentarei que esse princípio leva a uma conclusão aparentemente paradoxal quando considerado com verdades que envolvem conhecimento contingente a priori. Isso, penso eu, motiva a resposta mais simples e menos onerosa aos argumentos de incompatibilidade acima mencionados. No final vou sugerir uma revisão do princípio de fechamento em questão que parece captar melhor a intuição por trás dele. No entanto, o princípio revisado não leva à afirmação de que a presciência divina é incompatível com o livre-arbítrio.

     

     

    Os debates sobre a contingência na história da filosofia: https://ifilosofia.up.pt/activities/seminario-investigacao-debates-contingencia

     

    Organização:
    João Rebalde, José Meirinhos, Paula Oliveira e Silva
    Projeto "Será que Deus conhece os contingentes? A origem da doutrina da ciência média no século XVI" (EXPL/FER-FIL/1410/2021) - https://ifilosofia.up.pt/projects/scientia-media
    Medieval and Early Modern Philosophy TL / Gabinete de Filosofia Medieval
    Instituto de Filosofia da Universidade do Porto - UIDB/00502
    Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT)

     

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