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Revista Nº 11 (2º Semestre de 2012)


 

Revista Nº 10 (2º Semestre de 2011)


 

Revista Nº 9 (2º Semestre de 2010)

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Em filosofia nem sempre é fácil, por diversas razões, promover o trabalho em equipa. Uma dessas razões tem a ver com a natureza da reflexão filosófica, a qual tende a remeter para um labor individual em que o diálogo se desenvolve apenas através do debate de ideias que se sucede à divulgação destas. Assim sendo, tornar-se-á mesmo problemática a constituição de comunidades de investigadores.

No caso muito concreto da filosofia da educação, o fenómeno emerge também com natural acuidade. Acontece, porém, que a forte relação entre a componente filosófica e os contributos das ciências humanas em geral e das ciências da educação em particular obriga a uma permeabilidade que acaba por não ser unicamente de conteúdos mas igualmente de métodos de trabalho e, mais do que isso, de atitudes perante a construção da saber e da sua crítica. Daí o carácter estatutariamente matizado da filosofia da educação, pretexto para muitas incompreensões mas razão também da sua pujança. Incompreensões provenientes de quem rejeita, por isso, a sua alegada impureza; pujança pela diversidade de matrizes que, deste modo, a alimentam e proporcionam a riqueza da dinâmica da sua intervenção.

Na realidade, a interpelação da filosofia da educação enquanto filosofia traduz-se numa intervenção efectiva no contexto da produção do saber e da sua prática. Afinal, como sempre aconteceu com a filosofia, que, mais do que sedimentar, fez irromper o saber acrescentando-lhe a reflexividade da sabedoria, obrigando aquele a ser intrinsecamente contestatário de si mesmo.

É por isso que, em filosofia da educação, a comunidade nasce do encontro dos filósofos e destes com os cientistas e artífices do humano e da sua construção, isto é, do desígnio da edificação da educação enquanto categoria antropológica.

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Revista Nº 8 (1º Semestre de 2010)

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São muitas e variadas as questões e perplexidades que se colocam contemporaneamente à filosofia da educação, solicitando o seu contributo. Não tanto para, desde logo, se resolverem mas para se aprofundarem os seus pressupostos, devolvendo-se essas questões e essas perplexidades, clarificadas porque criticamente radicalizadas, aos decisores, aos pedagogos, aos investigadores das ciências da educação. A verdade, porém, é que os grandes impasses da educação mergulham frequentemente as suas raízes na ausência dessa mesma reflexão. Uma reflexão que, não aspirando por si mesma a dar respostas imediatas, frustra precisamente por isso quem dela se abeira esperando soluções. A grande diferença reside contudo entre permanecer-se ao nível das soluções imediatistas que desencadeiam novos problemas ou aceitar-se uma abertura ao debate amplo das problemáticas de fundo e, deste modo, permitir que se descortinem outros caminhos sem por isso se ignorarem as encruzilhadas onde, com as dúvidas, se abrem novos rumos.

Não se trata, pois, de defender um reduto ou privilégio para a filosofia mas tão-somente de não se aceitar uma fuga demagógica às dificuldades e à complexidade das situações.

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Revista Nº 7 (1º Semestre de 2008)

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Coincide o lançamento deste número da revista com o ano da criação da Sociedade de Filosofia da Educação de Língua Portuguesa (SOFELP), sob os auspícios do Gabinete de Filosofia da Educação, o que constitui um passo decisivo no processo de organização de uma autêntica comunidade neste domínio. Aqui tendo-se por referência o espaço lusófono.

É evidente que encontramos neste espaço orientações e estádios muito diferenciados de estruturação dos saberes específicos. Contudo, sabemos também que o papel de uma sociedade científica, a par da promoção da comunicação interna e externa, bem como da regulação de critérios no seio das pessoas e grupos já detentores de uma identidade e de uma produção reconhecidas, é de igual modo o de promover a investigação e o ensino de qualidade em instituições mais afastadas dos mecanismos e canais prevalecentes a nível mundial. No caso da filosofia da educação tendo-se em atenção, por acréscimo, as derivações interdisciplinares e praxiológicas que obrigam a que se mantenha e se aprofunde uma relação estreita entre as disciplinas filosóficas e as das ciências sociais e humanas, onde se incluem as ciências da educação e, de uma forma sempre problemática, a pedagogia. Acontece ainda, quando mergulhamos num universo culturalmente tão uno quanto plural como é o que subjaz ao mundo de língua portuguesa, termos de considerar e valorizar preocupações, objectivos e tradições que entre si se diferenciam amplamente, apesar dos seus pontos históricos de contacto. Ou seja, se partirmos dos núcleos da problematização filosófica, confrontamo-nos muitas vezes com o choque entre uma polaridade ontológica mais característica da matriz filosófica europeia, com aspirações de universalidade, e as posturas de timbre filosófico-político que dominam os olhares críticos designadamente sul-americanos. Estes detêm claramente, entretanto, uma maior capacidade de penetração nos outros espaços geoculturais e tendem a surgir como uma alternativa, designadamente na abordagem das questões ético-antropológicas que, apresentando-se na actualidade como cruciais, são transversais à educação.

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Revista Nº 6 (2º Semestre de 2007)

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Uma revista como esta, para realizar a missão que a inspira, deve afirmar a sua identidade no cerne de uma dinâmica que a renove na decorrência da experiência acumulada e na expectativa de melhor contribuir para a estruturação da comunidade científica em que se insere. Ela deve corresponder às expectativas dos seus leitores, servindo também os interesses dos seus autores, sendo ainda verdade que, muitas vezes, as condições de autor e de leitor se alternam ou coincidem, o que dá a estes autores e a estes leitores uma especial acuidade crítica. Por outro lado, esta revista é consultada por um público interessado mais vasto que nela busca acréscimos de informação e de formação. Usando outras palavras, esta revista assume a plenitude doas desafios que o seu próprio nome proporciona: é de facto um itinerário em que a filosofia da educação se cumpre entre as vicissitudes das perspectivas múltiplas e a consolidação de um saber que, tendo referências, ancestrais, é todavia filosoficamente novo. Nestas páginas, ao longo de seis números, foram acolhidos artigos em que se transcreveram propostas de debate que animaram encontros nacionais e internacionais. Incluíram-se trabalhos de especialistas convidados. Deu-se espaço a sínteses de trabalhos académicos. Inseriram-se textos do grupo de investigação que, no universo do Gabinete de Filosofia da Educação, constitui o núcleo de suporte de um trabalho sistemático, continuado e persistente que, precedendo a revista, a lançou e animou.

Nesta revista espelha-se o projecto e parte da obra de uma escola de pensamento que, com abnegação, se procurou afirmar no âmbito da filosofia e do diálogo interdisciplinar com a investigação educacional.

A partir do próximo ano a revista será anual e passará a subordinar-se às exigências impostas pela adopção da lógica editorial de referees. Espera-se, desta maneira, dar os últimos retoques na coerência de uma revista cientificamente acreditada. Responde-se igualmente a sugestões e aspirações dos autores.

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Revista Nº 5 (1º Semestre de 2007)

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Para Gilles Deleuze, a verdadeira liberdade do cidadão não deveria nunca reduzir-se à escolha entre soluções possíveis previamente propostas mas assentar sobretudo na própria gestão dos problemas que, de uma forma ou de outra, consciente ou inconscientemente, são os seus problemas. Significa isto que muito do trabalho de formação e de investigação nos mais diversos domínios carece de um investimento reflexivo e hermenêutico que ultrapassa em muito os cânones da epistemologia positivista. Investimento de natureza intelectual que poderá oferecer à formação e à educação em geral as plataformas problematizadoras de que ela tanto carece para não ficar submetida aos estritos limites do imediatismo de uma eficácia tecnocrática ou administrativa. Trata-se de explorar e criar possíveis, de formular perspectivas, de assumir margens de certeza e incerteza, articulando-se criativamente, ou seja, trata-se de identificar, muito para além de quaisquer determinismos ou finalismos, as situações enquanto condições que configuram os problemas, permitindo a percepção consequente do que se conhece e não se conhece, bem como da pertinência de respostas eventualmente encontradas em relação dialéctica com o que é particularizável e o que é universalizável…

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Revista Nº 4 (2º Semestre de 2006)

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Neste número conclui-se a apresentação dos textos das intervenções apresentadas no decurso da II Conferência Internacional de Filosofia da Educação. Fica deste modo o leitor na posse de um importante conjunto de contributos que, sem prejuízo das diferentes perspectivas e concepções filosóficas de que partem, se situam todos por referência à problemática englobante e interpelante dos limiares da educação contemporânea. Problemática, em simultâneo, antropológica, ética, estética, ontológica, hermenêutica e epistemológica, a convocar opções e propostas que, na sua conflitualidade reflexiva, rasgam novos e quantas vezes inesperados horizontes. Se o tema em causa é marcado com o selo da inquietude, verdade é igualmente que os desenvolvimentos que suscitou, ao deixarem-nos mais enriquecidos, nos remetem também para novos e fecundos questionamentos.

No fundo, esta é a própria natureza – e a própria função – do labor filosófico. Se recordarmos, por sua vez, a 1ª Conferencia Internacional de Filosofia da Educação, realizada já em 1998, subordinada ao mote da diversidade e da identidade, verificamos que o mesmo permanece actual, pela simples razão de que os pressupostos da sua formulação – entre outros, designadamente os da mesmidade e da alteridade – se reiteram em cada formulação pretensamente superadora do seu próprio jogo antinómico. É curioso verificarmos que a questão dos limiares – e dos limites –, por seu turno, já se esboçava aí, vindo posteriormente a autonomizar-se e, assim, a redimensionar a da identidade enquanto situada no circulo das diferenças diacrónicas ou sincrónicas.

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Revista Nº 3 (1º Semestre de 2006)

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Neste volume da revista Itinerários de Filosofia da Educação procura-se prolongar o debate de ideias iniciado na 2ª Conferência Internacional de Filosofia da Educação - que teve lugar na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, entre os dias 3 e 5 de Novembro de 2005 - através da publicação de alguns dos textos então proferidos.

Os limiares contemporâneos da educação enquanto limites que constituem simultaneamente passagens constituíram o pretexto das intervenções e das interpelações que contaram com muitos e qualificados participantes oriundos de várias universidades e países.

Pretendeu-se conjugar e fazer confluir, na sua diversidade, os contributos nomeadamente das abordagens antropológicas, éticas, hermenêuticas e estéticas para se esclarecerem ou radicalizarem os impasses críticos com que se confrontam os projectos da educação. De entre estes, destaquem-se, a título de exemplo, os que se prendem com as problemáticas da igualdade, da tolerância, da interculturalidade, do ambiente, da utopia, entre outras, que, tendo-se constituído decisivamente como desafios para a educação no início do século XX, se vieram a confrontar com os seus próprios fracassos e com a demagogia ideológica, esmagando cada vez mais os corredores estreitos da esperança.

Como se escrevia no programa da referida Conferência, trata-se de identificar e caracterizar o que permanece, o que muda, o que desaparece diante das contradições nas quais vivem as nossas sociedades e, com elas, as nossas aspirações, os nossos medos, as nossas esperanças...

A filosofia tem aqui, sem dúvida, uma palavra importante a dizer, identificando essas contradições, investigando os equívocos, propondo itinerários de reflexão amplos e descomprometidos não só em relação a projectos políticos como também no que se refere aos cânones restritos da metodologia e da epistemologia científicas. Resta perguntar agora qual será a problemática que, emergindo das anteriores, motivará a próxima Conferência Internacional.

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Revista Nº 2 (2º Semestre de 2005)

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Neste número da revista Itinerários de Filosofia da Educação proporciona-se ao leitor o acesso a um conjunto de comunicações que foram apresentadas, para debate, no seio de um grupo restrito de investigadores que se reuniram para reflectir sobre os pressupostos da interculturalidade.

Partiu-se do princípio de que, tratando-se de uma noção com múltiplos contornos epistemológicos e práticos, utilizada sistematicamente no quotidiano da nossa contemporaneidade, adquire, por isso, uma polissemia que a torna facilmente manipulável por projectos ideológicos. Partiu-se igualmente da constatação de que há neste domínio um défice de intervenção da filosofia que urge colmatar, principalmente quando a noção em causa é mobilizada para o terreno educativo. Neste, é usada em nome de preocupações éticas nem sempre bem esclarecidas, bem como de vagas orientações de reivindicado perfil humanista.

Como se poderá constatar, as várias contribuições reflectem formações diversificadas e prioridades estabelecidas em função dos contextos culturais de cada um dos intervenientes. Isto é, o debate foi ele mesmo interdisciplinar e intercultural, o que nos pareceu ser o contexto mais adequado e coerente com os propósitos em causa, obrigando, por acréscimo, a um reforço da abertura da reflexão filosófica. É assim que se percorre um leque de temáticas que vão desde o etnocentrismo até à educação moral, passando-se pela globalização, pela aprendizagem das línguas, pela investigação educacional, pela dialéctica entre as periferias e os centros e ainda pela indagação da ideia de uma lógica intercultural.

Este número inclui ainda um extenso artigo sobre a criatividade em C. Rogers em que a autora procura procura interrogar as conexões filosóficas de um pedagogo que marcou indelevelmente a história das ideias educativas no séc. XX. A noção de criatividade com que ele lida, profundamente ligada a uma inspiração psicanalítica, é sujeita a um estudo - que não se conforma com os parâmetros originariamente traçados - em que se exploram outras pistas como a da intempestividade nietzscheana.

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Revista Nº 1 (2º Semestre de 2004)

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Este número inaugural é inteiramente dedicado à divulgação de alguns dos contributos apresentados durante o debate havido por altura do Colóquio "Os limites de sentido da educação contemporânea". Nos próximos números, a par de textos oriundos de outras iniciativas científicas, incluir-se-ão artigos escritos por investigadores convidados ou que foram enviados para a Redacção da Revista, que serão previamente sujeitos à apreciação do seu Conselho Científico.

A intenção é a de fomentar continuamente um espaço em que se concilie coerentemente a abertura ao livre debate de ideias, no âmbito da filosofia da educação, com um sistemático sentido do rigor em termos da sua fundamentação. O projecto é, também aqui, o de construir progressivamente um corpo de saber próprio da filosofia da educação com uma incontornável e efectiva natureza filosófica. Uma filosofia que, por acréscimo, seja detentora de relevância social.

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